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UBI

Universidade da Beira Interior

© Miguel Santiago | Muralhas de Trancoso

Rotas de Acolhimento

O MIA da UBI propõe-se participar no Programa 'Mais do que Casas' com quatro linhas de atuações distintas e plurais, a saber: duas no âmbito das Unidades Curriculares (UC) de Projeto dos 4.º e 5.º anos; uma no âmbito da ação concreta materializada num acordo institucional; uma no âmbito da investigação em arquitetura.

Ideas

Linha de Atuação 1 – UC de Projeto IV.1 e Projeto IV.2 (4.ª ano do MIA)

Miguel Santiago, Orlando Azevedo, Inês Campos

Chamando a si o tema do desenho urbano, nas suas múltiplas dimensões, no sentido projetivo de uma contemporaneidade e de um devir, esta linha de atuação estuda vários programas de habitação e de equipamentos, articulados na relação do facto urbano com o facto arquitetónico, na senda de uma ideia contemporânea portadora de um programa de oportunidades. Centrada em Trancoso, com um enquadramento cultural de laboratório experimental, a concretização da proposta deve pressupor um conjunto de parâmetros que se baseiam tanto nos sistemas ecológicos, paisagísticos e ambientais como nas questões das energias alternativas e da sustentabilidade.

Linha de Atuação 2 – UC de Projeto V.1 e Projeto V.2 (5.ª ano do MIA)

Jorge Marum, Andreia Garcia, Pedro Gadanho

As UC de Projeto do 5º ano do MIA propõem-se aprofundar as temáticas já iniciadas no primeiro semestre, sob o título "A metrópole rural: Futura região de acolhimento para migrantes climáticos", focadas na região da Cova da Beira (Belmonte, Covilhã e Fundão). No segundo semestre, o tema designado "Os desafios da habitação e do espaço público" visa estimular a investigação, o projeto e a sensibilização dos estudantes e da população em geral sobre desafios prementes como a crise demográfica e climática, a importância de cidades inclusivas e interculturais, a emergência habitacional e de espaços públicos adequados, o direito fundamental à habitação e à cidade, bem como as dinâmicas do deslocamento humano, seja este forçado ou voluntário. Este projeto convidará à reflexão, ao debate e ao desenvolvimento de soluções arquitetónicas inovadoras que respondam aos desafios atuais com perspetiva de futuro.

Linha de Atuação 3 – Acordo Interinstitucional no âmbito da BNAUT

Maria Neto

O DECA da UBI, a Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP) e a Câmara Municipal do Fundão (CMF) encetaram um acordo interinstitucional no âmbito da Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário (BNAUT). Esta cooperação interinstitucional permitirá o apoio UBI-FAUP na execução de candidaturas BNAUT, que implicam conhecimentos específicos e uma metodologia que permita, por um lado, assegurar a qualidade da intervenção como um todo e, por outro, o cumprimento da calendarização prevista, exigindo tanto um conhecimento pormenorizado dos processos de instrução e execução de candidaturas semelhantes, como das necessidades específicas dos futuros utilizadores BNAUT. As três instituições representadas por Maria Neto (MIA-DECA-UBI), Aitor Varea Oro (FAUP) e Ana Cunha (CMF), integrando alunos finalistas, asseguram esta cooperação com o intuito de providenciar aos futuros agregados que beneficiarão do BNAUT uma resposta célere, eficaz e de qualidade. Esta cooperação contribuirá ainda para a produção de conhecimento útil capaz de facilitar e qualificar a execução futura de políticas públicas de habitação, com especial enfoque para o alojamento de comunidades refugiadas, requerentes de asilo e migrantes.

Linha de Atuação 4 – Mulheres, Cidades e Arquitetura

Patrícia dos Santos Pedrosa

No contexto português, na última década, as investigações que cruzam as dimensões espaciais – nas suas diversas escalas – com a perspetiva de género assistiram a um crescimento importante. Parte desta contribuição tem acontecido através das investigações de mestrado e de doutoramento. A partir da experiência de investigação e docência na UBI, esta linha de atuação propõe mapear e visibilizar estes estudos. As dimensões da equidade espacial implicam um caminho de conhecimento epistemológico e teórico e uma experimentação de campos possíveis de reflexão e intervenção. Os trabalhos que têm vindo a ser realizado atravessam diversas geografias do território nacional. Também os objetivos e as metodologias são diversos. Entre outros, destacam-se os trabalhos teóricos e históricos que procuram trazer à luz conceitos, narrativas e possibilidades onde se cruzam espaço e as mulheres (habitantes ou arquitetas), assim como trabalhos empíricos que propõem compreender o uso, com perspetiva de género, dos espaços habitados, ou os que, trabalhando o Projeto como laboratório, investigam programas e estratégias diferenciadoras. A perspetiva de género procura trazer para a prática, tanto da arquitetura, como da cidade, uma dimensão crítica, onde os enviesamentos possam ser identificados e combatidos.

LINHA DE ATUAÇÃO 1- UC DE PROJECTO II

Edite Rosa, Inês Campos, Rogério Galante, Tiago Oliveira

O tema principal do Projeto II é o “habitar” que no entendimento das suas tipologias primárias se propôs num trabalho aos alunos de título a “CASA COMUM”. Uma “CASA COMUM” para artistas numa zona urbana consolidada, mas em transformação carecendo de melhorias do seu desenho urbano e na sua estrutura edificada. O programa é abordado a dois níveis. O conjunto, a CASA COMUM/PÚBLICA, constituído pelo desenvolvimento de diversas tipologias programáticas comunitárias para a conformação na área de intervenção da ideia de “Lugar Urbano”. Uma reformulação urbana através da proposta de volumetrias de resposta ao programa de equipamentos de pequena complexidade. A parte, a CASA COMUM/PRIVADA dos artistas, desenvolvido em paralelo com o todo, constituído pelo programa de carácter mais privado, a uma escala de maior aproximação e detalhe. O objetivo fundamental centra-se nas problemáticas iniciais da arquitetura na manipulação das suas tipologias primárias através do domínio dos instrumentos de projeto e consolidação de metodologias individuais de trabalho.