Mais
do que
Casas

DAMG

Departamento de Arquitectura e Multimédia Gallaecia da Universidade Portucalense

O nosso envolvimento no 'Mais do que Casas' leva-nos para a questão do Habitar e da Resiliência. Uma abordagem à resiliência das comunidades e seus sítios exige o conhecimento baseado no contexto, o qual considera as condições ambientais, atende aos sistemas territoriais, atenta à gestão de recursos, promove a organização estruturada dos lugares, desenvolve tipologias integradas, utiliza materiais e técnicas de construção locais e cria espaços de vivências plurais, adaptadas e partilhadas.

O caminho entre a experiência empírica e o conhecimento pragmático adaptativo, alicerçado numa metodologia sinérgica e flexível, conduz a práticas socio-tectónicas quotidianas que visam moldar a habitação e o habitat com base em dados societais e da paisagem, bem como o respetivo registo no tempo e espaço (clima, recursos, padrões de conforto, população, desempenho socioeconómico, etc.), agregados enquanto informação que insufla robustez à resiliência do habitar e suas culturas.
Estabelecida a parceria com o município de Matosinhos, no quadro do programa Horizon, temos como propósito fundamental contribuir para a realização de projetos pilotos associados a programas europeus de incentivo à descarbonização que visam promover uma transição global para um futuro mais sustentável.

Centraremos a nossa atenção na antiga freguesia de Santa Cruz do Bispo em Matosinhos. Um território multidimensional resultante, entre outros, do núcleo rural, com origens sinalizados na carta arqueológica como o Sítio da Aldeia de Baixo, do Estabelecimento Prisional na antiga Quinta do Bispo projetada por Nicolau Nasoni, da Igreja paroquial, assim como do Conjunto do Monte de São Brás, lugar religioso e de património imaterial ligado ao culto pagão - Homem da Maça e seu bicho - e cristão. O rio Leça e o “Corredor Verde” conectores de novos lugares.

Cabe aos estudantes de hoje refletir sobre os novos desafios do futuro tendo como questão de fundo: - Como projetar lugares na perspetiva de um Habitat Resiliente?

Propostas de Trabalho

#HR1 | HABITAR O RIO

Luis Paulo Pacheco, Alejandro Lopez

No caso do corredor verde do rio Leça, será que este lugar de ligação concilia modos de vida com programas elementares de permanência?

#HR2 | HABITAR COMUNIDADE

Gilberto Carlos, Bernardo Amaral

Poderá o modelo residencial cooperativo contribuir para a coesão urbana de áreas não consolidadas?

#HR3 | HABITAR LUGAR

Rui Florentino, Joaquim Flores

Como reunir um equipamento público abandonado, um antigo lugar de peregrinação e um corredor ecológico numa nova oportunidade de habitar?

#HR4 | REHABITAR PATRIMONIO

Ana Lima, Susana Milão, Joana Vieira da Silva, Telma Ribeiro

Os Moinhos, no “Corredor Verde do Leça “de propriedade municipal serão reabilitados para a produção de energia. A partir desta infraestrutura de valor patrimonial será possível criar um lugar para o habitar?

#HR5 | PRÁTICAS E MODOS DE HABITAR

Isabel Neves

Partindo de um conjunto de práticas portuguesas distintas especular-se-á acerca dos modos de habitar. Quais as premências? Que habitar resiliente queremos construir?

#HR6 | NARRATIVAS DO COHABITAR

Docentes da Licenciatura Multimedia e Artes

Como compreender o cohabitar através de propostas de narrativas, provenientes de paisagens sonoras e visuais de um lugar?