Mais
do que
Casas

DARQ

Departamento de Arquitetura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra

No âmbito do programa Mais do que Casas o DARQ-UC propõe o envolvimento de vários dos seus professores e estudantes em cinco Ações Projetuais, articulando níveis e temas de aprendizagem - HabitAção!
Decorrentes dos enunciados pedagógicos das unidades curriculares de Projeto participantes (do 1.º ao 5.º ano do curso de Mestrado Integrado em Arquitetura), estas Ações entendem o Habitar como algo que inclui o Habitat em geral (o “direito à cidade”) e o Fogo em particular (o “direito à habitação”), visando a articulação entre o espaço público e a célula, entre o coletivo e o indivíduo.
O DARQ-UC pretende compilar os seus resultados através de uma vídeo-instalação, a exibir na mostra final deste programa.

Propostas de Trabalho

AÇÃO #1 | Habitar em Repúblicas

Luís Miguel Correia

A cidade de Coimbra é retrato da atual crise habitacional, particularmente no que diz respeito à oferta de camas para os estudantes que veem nesta cidade um lugar privilegiado para prosseguir os seus estudos. Na disciplina de Projeto I (1.º ano), pretende-se ocupar um extenso vazio urbano, situado no Vale da Arregaça, propondo cerca de 90 novas Repúblicas (CasasReside) destinadas a estudantes, estabelecendo ainda as inerentes relações com o quotidiano que o rodeia.

AÇÃO #2 | Habitar o Espaço Público

Armando Rabaça

A unidade curricular de Projeto II (2.º ano) coloca os alunos perante o problema do desenho da cidade, associado ao desenho de um equipamento. Nesta ação, a unidade curricular explora o desenho e as potencialidades da apropriação e do uso do espaço público, bem como as suas interações com uma estrutura de coabitação destinada a imigrantes refugiados. O trabalho centrar-se-á no município de Soure, no Largo das Amoreiras e áreas circundantes.

AÇÃO #3 | Habitar a Memória

João Mendes Ribeiro, Teresa Alfaiate - ISA, Catarina Fortuna

A área de intervenção de Projeto III (3.º ano) situa-se no cerne do Bairro da Cumeada em Coimbra. O terreno é delineado por um edifício escolar – o antigo Colégio Luís de Camões – e por quatro pavilhões de tipologia industrial. O programa funcional preconiza a criação de um conjunto de células de habitação com tipologias variadas, bem como acessos comuns e espaços abertos de uso público e privado. A formulação da casa deve ser “um desafio à invenção do viver”, proporcionando respostas para modos de vida diferenciadores, mas também a requisitos de mobilidade e sustentabilidade, com destaque para a gestão da água, vegetação e energia (em articulação com a disciplina de Arquitetura Paisagista do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa).

AÇÃO #4 | Habitar Intersocial e Intercultural

José Fernando Gonçalves
Nuno Grande
Pedro Maurício Borges

As unidades curriculares de Atelier de Projeto I A, B, C (4o ano) debruçam-se sobre diferentes realidades sociais e urbanas: respetivamente, os bairros de habitação social no Porto Oriental; as urbanizações-dormitório na cidade de Pombal; e os bairros de pescadores na frente atlântica da Figueira da Foz. No Porto, procura-se reabilitar e densificar alguns conjuntos habitacionais em Campanhã, articulando-os com novos equipamentos de índole sociocultural; em Pombal, introduzem-se lógicas de habitação evolutiva e flexível, contrariando as tendências correntes do mercado imobiliário. Na Figueira da Foz, incentiva-se a coabitação entre os residentes anfitriões e os visitantes turistas, integrando as populações de imigrantes invisíveis, da mão-de-obra hoteleira, da restauração, da pesca. Do norte de África ao sudoeste asiático ou às comunidades ciganas, estes ateliers pretendem identificar essas culturas-outras, investigando soluções flexíveis e adaptadas aos seus modos de habitar.

AÇÃO #5 | Habitar Intergeracional

Joaquim Almeida

Na urgência de resposta à crise na habitação, o Atelier de Projeto II B (5.º ano) centra o debate nas formas de Habitar jovem e sénior. A partir da requalificação de uma vasta parcela urbana, no Pólo II da Universidade de Coimbra, expectante desde a década de 1990, aprofunda-se a resposta à demanda social de carência de espaços de habitar, elaborando e cruzando conjuntos para residentes estudantes e seniores.